quarta-feira, 15 de junho de 2011

ESCULPINDO ALMAS

Mais uma pancada. Outra. Uma espécie de martelada que te deixa tonto por um tempo. Mais uma martelada. Dessa vez, não tão forte como as outras. Mas fez barulho. Estremeceu.

As esculturas feitas em pedra são sempre moldadas de acordo, conforme cada martelada do escultor. Cada pancada, uma nova forma. E muitas outras pancadas vêm sobre a pedra virgem e feia afim de ser trabalhada, esculpida, moldada em peça única e bela.
Com os diamantes funciona da mesma forma. Muitas pancadinhas, polimentos, lixas, até que aquela pedra bruta e sem forma torne-se linda e cobiçada.

Nem sempre as coisas dão certo em nossa vida.
Nem sempre tudo corre da forma como almejamos. E cada vez que esses sonhos são desfeitos, cada vez que recebemos um não ou “não deu certo” “Tenta mais tarde” “Dessa vez não”, é uma martelada que a vida nos dá.

A finalidade é óbvia. Que você seja esculpido ao ponto de se tornar algo belo, experiente e cheio de valor. Melhor do que é hoje.

Deus é o grande escultor da vida.
Em suas mãos, as ferramentas perfeitas para a correção na vida de cada um de nós.
E como toda martelada (pancada) sentimos dor, sofremos e achamos muitas vezes que estamos sendo punidos pelo Grande Escultor da Vida.
Mero engano, meus amigos!

Hoje, mais uma vez, senti uma martela sobre minhas costas e pensei que era por maldade que as coisas não deram certo. Mas foi aí que me lembrei do sofrimento das esculturas, da semente sufocada na escuridão até encontrar a luz, das pedras preciosas até chegarem ao ponto em que as vemos nas lojas, do ferro e do vidro que passam pelo fogo ardente para ganharem forma... E eu ficaria aqui até amanhã mencionando os diversos exemplos que a natureza nos dá.
Então entendi que as dores que sinto hoje me preparam para um futuro diferente. Um futuro belo onde poderei brilhar, onde poderei ser alguém melhor de corpo e de alma. Onde aprenderei a valorizar esses dias de hoje que sinto dor ao invés de alegria, que me decepciono comigo mesma, que pouco acredito em mim.

Seremos todos, como um diamante, uma bela escultura de madeira ou de pedra (como preferir) onde teremos passado por muito, sofrido muito, mas chegado enfim à perfeição e a beleza de espírito, pois que cada obstáculo (pancada) que recebemos hoje na vida são apenas pequenos professores que nos ensinam a viver, pequenos guias que nos mostram o caminho de volta pra casa...

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