quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

As pessoas não mudam, elas se revelam.


Você passa a vida inteira achando que conhece todas as pessoas com quem se relaciona. Você aprende a confiar nas pessoas desde criança quando precisa de seus pais pra tudo, pra andar, comer, te levar a escola e por aí vai.

Na adolescência você se apaixona perdidamente pelos novos amigos ou se isola completamente deles. Afinal, adolescência é uma fase muito estranha e fica difícil mesmo de falar a respeito ou usar como exemplo, né?
Mas é no colégio que você começa a descobrir os primeiros enganos, as mentiras, as traições e as "mudanças" nas pessoas.

Que coisa complicada é entender as pessoas!
Ainda vou buscar um cientista ou até trocar uma ideia com Deus pra ver se ele me esclarece a respeito da personalidade humana porque, eu juro, não entendo "patavinas".

Aí sua vida vai correndo e você vai observando as pessoas e tentando entender quem verdadeiramente são. Uma coisa é fato: você nunca saberá quem elas realmente são, então, NÃO INSISTA.
Elas são lindas com você por algum tempo e, em questão de segundos, tornam-se monstros daquela série que você detesta assistir na TV. Se modificam completamente. Se modificam? Isso é possível? Elas se modificarem ou ANTES usavam... máscaras?

As criaturas que chamamos de seres humanos que habitam este planeta são criaturas ainda em estudo. É possível que elas não se modifiquem ou talvez, que tenham vivido uma vida inteira carregando pesadas máscaras. Chega então, um momento e a tão colorida máscara cai, causando por vezes, alguns estragos.

Máscara cai ou VENDA CAI. Porquê?
Ah, porque você também tem culpa nisso, sabia? Você vive se iludindo, criando expectativas, vendo as pessoas através de seus próprios olhos e nunca através delas! Dessa forma, é fácil você se enganar. Você estava cego!

Diante dessa situação que havia acontecido comigo, sentei com minha irmã, psicóloga formada há séculos mas que não atua tanto na área quanto gostaria, e conversamos a respeito do meu espanto diante de estranhas reações de algumas pessoas. Eu só me perguntava: Porquê essa pessoa mudou tanto?

A resposta da minha irmã foi digna desse post:

"As pessoas não mudam, elas se revelam."

Elas apenas se mostram da forma que realmente são. Ninguém muda pra pior, por pior que seja a pessoa! Então se alguém teve uma crise ou agiu de uma forma estranha, mesmo que ela esteja passando por uma fase ruim, ela tem aquilo dentro dela. 

Minha irmã ainda acrescentou que as pessoas possuem várias personalidades, que isso é normal em ser humano mas, que algumas, se mantém do mesmo jeito até que seu calo seja pisado, seu ponto fraco seja cutucado. Nesse instante, a "fera se mostra". 

Mas é isso aí.
O jeito é você ir levando, criar menos expectativas sobre as pessoas, não se achar vítima de uma situação já que você também é culpado por ver o que quer, da forma que quer e é bom também ter um pouco mais de paciência porque, afinal, toooodas as pessoas são complicadas, usam máscaras e você também, bem que adora sair por aí, usando as suas, né?


domingo, 15 de dezembro de 2013

Será que um dia irei esquecer?



Essa é uma pergunta que já ouvi demais.
Ouvi de amigos, familiares, pessoas estranhas. 
Quantas vezes, você mesmo, não a fez?
A gente sempre se pergunta se é possível um dia esquecer algo que lhe marcou, doeu, feriu, entristeceu. Claro que, quando você pensa em esquecer é porque é bem provável que não foi bom, caso contrario, jamais iria desejar tal coisa.

Já vi gente próxima a mim pensando que nunca conseguiria esquecer uma traição, uma ferida cavada em seu peito por uma outra pessoa. Já vi homens grandes chorando feito criança, mulheres centradas perderem a linha e desejar a morte a esquecer...

"Será que um dia irei esquecer?"

Talvez você nunca esqueça. É um fato. 
Mas é possível que aprenderá a viver com essa marca. No início, você pensa que não, que nada faz sentido e que é tudo tão forte que parece impossível a mente deletar. Mas um dia ela deleta. O arquivo fica a tanto tempo guardado no fundo da mente sendo massacrado, substituído por tantos outros novos arquivos que são as experiências, novas pessoas, novas situações, sentimentos e vida, que uma hora, automaticamente, seu subconsciente vai deletar.

O tempo?
Varia.

Sei de pessoas que tomam remédio até hoje para superar o mal que lhe causaram. Sei de outras que preferiram não viver e serem esquecidas... Mas também sei de algumas que superaram, que deram a volta por cima e recomeçaram. Se esqueceram? Bom, algumas coisas são difíceis de serem esquecidas, mas elas não desistiram. 

Tem hora que eu digo pra mim mesma: "que saco é ter de recomeçar!" É um saco! Mas recomeçar é e sempre será a melhor opção, independente do que lhe tenha acontecido. 
Mesmo que a mágoa esteja estalando ainda no peito ou amargando na boca, é importante você mudar o foco e pensar exatamente assim: 

"remoer esse mal que me fizeram vale a pena?"

Alguns loucos vão achar que sim mas, ah, sei lá, deixe esses loucos viverem seu passado, estacionar num quadro que não faz mais sentido. Felicidade é podermos pintar novos quadros em nossa vida com as cores que desejarmos, com lembranças ou sem elas. 

Às vezes, não ter muita memória pra coisas ruins pode ser uma ótima opção de vida!

Uma ótima semana!

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Você pode ser belo quando se quebra.


É fato que todo aquele que se permitiu sentir, amar, já quebrou o coração em mil pedaços algumas centenas de vezes!

Dia desses, em conversa com uma amiga, a gente tocou nesse tema: quando nos quebramos em mil pedaços. E ela me questionou, bem triste, se havia uma forma de juntar todos os pedaços quebrados dentro dela. Eu, sinceramente, acho bem impossível.

Se você rasga uma foto em pedaços, você pode até se empenhar bastante em colar as partes com fita adesiva mas, nunca a foto voltará a ser como era: inteira, perfeita. Se você quebra uma xícara de porcelana, pode ter o maior cuidado em colar as partes mas, a marca (aquela linha do quebrado) sempre estará presente na peça.

Nós também somos assim.
Nenhum papel quando se amassa volta a ficar perfeitamente liso como antes. Não tem jeito! Sempre ficarão marcas. Nunca ficará inteiro como antes.

Quando nos quebramos por dentro, a dor é praticamente física. Sentimos como se pedaços soltos flutuassem dentro do peito e nada que o mundo faça nos causa algum alívio. É extremamente doloroso esse processo e, muitas pessoas não conseguem e nem fazem ideia de como lidar com essas partes soltas. 

Nunca mais seremos inteiros, isso é um fato. Nunca mais nos juntaremos como antes, novinhos em folha. 

Mas quando eu vejo um vaso trincado, colado, eu entendo que ele viveu algo, passou por algo. Aquela cicatriz o torna mais belo, ele viveu algo, ele passou por algo muito intenso e hoje ele leva uma marca. Hoje você leva uma marca.

Leminski foi um cara muito inteligente ao falar da dor neste pequeno poema:

Um homem com uma dor
É muito mais elegante
Caminha assim de lado
Com se chegando atrasado
Chegasse mais adiante

Carrega o peso da dor
Como se portasse medalhas
Uma coroa, um milhão de dólares
Ou coisa que os valha

Ópios, édens, analgésicos
Não me toquem nesse dor
Ela é tudo o que me sobra
Sofrer vai ser a minha última obra

Nunca conseguiremos nos colar inteiramente, mas teremos medalhas no peito sobre todas as vezes que fomos quebrados, machucados e estilhaçados...
Não nos tornaremos inteiros mas, podemos cuidar bem das partes que restaram porque cada cicatriz que carregamos no coração é uma vitória, que diz ao mundo que PERMITIMOS SENTIR. PERMITIMOS AMAR.



Que venham as cicatrizes e as dores agudas.
Melhor assim do que passar pela vida intacto, mas sem ter sentido nada.