sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

DIZEM POR AÍ...


Dizem por aí que tudo, com o tempo, se vai aprendendo. Dizem que você aprende a conhecer certas coisas e lidar com elas conforme vai envelhecendo, vivendo e experimentando. Mas se tem uma coisa que eu ainda não aprendi é deixar de me apaixonar.

Sei que o coração fica cansado, molinho, batendo fraco e em outros casos, parece rocha. Mas ainda assim, eu continuo a me apaixonar. 

Pode parecer uma sina, um azar, uma saga que passa de uma trilogia literária. Pode ser! Mas mesmo que meu coração esteja como está, eu sei que ele ainda sabe bater porque é ele que me diz que devo esperar e nunca, jamais, deixar de esperar pelo amor. Que seja ele vindo na forma de uma outra pessoa, seja ele na forma de mim mesma, quando me olho no espelho todas as manhãs. Eu poderia me apaixonar por mim! Como eu poderia!

Dizem por aí, que quando você se decepciona uma vez que em nenhuma outra você quer repetir o engano. Mentira. Você até pode não querer, mas, acaba repetindo. Sabe porquê? Porque somos assim, vivemos assim, numa busca alucinada pelo amor, pela paixão e somos capazes e saltar das alturas por uma fagulha que seja dessa experiência. 

Ah, dizem por aí que beber uma taça de vinho todas as noites acalma o coração. Mentira. Esquenta, ferve e você chora. Chora sozinho ou acompanhado mas você lamenta, quer, corre, luta, esperneia por paixão. Pode se passar milênios que o seu coração, o meu, o do seu vizinho, continuará nesse tormento de se apaixonar porque nascemos pra isso, nascemos para amar e mesmo que você pense que aprendeu tudo, logo o amor bate na tua porta e você percebe na prática que não aprendeu nada.

sábado, 6 de junho de 2015

E se eu me decepcionar?


Bom, tá que você chegou e me fez essa pergunta e eu, gentilmente, te respondi. Se você se decepcionar tudo o que posso te dizer é que...

"Normal! Acontece todos os dias. Você acostuma."

Parece algo meio frio, eu sei, algo do tipo "Ela não se importa" mas, não é bem assim. O que segue uma frase como essa é justamente o fato de eu ter me decepcionado trocentas vezes e hoje, definitivamente, levar essa frase comigo, como resposta para a sua pergunta e para as minhas próprias.


Já me decepcionei algumas vezes. Já fui cortada em tirinhas, massacrada e tive de engolir minha própria dor. Admito que, ainda hoje, continuo a me decepcionar. A gente pensa que amadurece, que depois das chicotadas se aprende mas, até que aprende. Só bem pouco. Temos um coração que ainda insiste em acreditar nas pessoas e fazer com que tenha olhos brilhantes diante delas e de seus gestos coloridos e encantadores. Aí, quando você pensa que não... Já levou outra trombada. 

Você não tem culpa. 
Não tanta.
Claro que sempre esperamos muito das pessoas e esse esperar é com certeza um dos grandes fatores do sofrimento mas, ora, que vida teríamos se não nos encantássemos? Que raio de vida sem graça a gente teria?

Ficar com raiva a gente fica. 


Raiva da gente, das merdas que a vida nos apresenta mas, pelo menos, vamos aprendendo um pouquinho mais com essa dose dolorida mas não letal. Podemos superar a decepção. Podemos superar o mal em nossas vidas, porque somos além desse mal. Somos mais que a dor, que o momento de lágrima, somos mais que os sentimentos ruins. 

Se eu acreditar nisso de verdade, eu jamais me importarei em me decepcionar por ter esperado muito de alguém porque eu sei que as pessoas erram, assim como eu erro também.

Beijinhos!


Aproveita e curta a minha página:

www.facebook.com/docinzaaoescarlate

quinta-feira, 10 de abril de 2014

"Dar o gelo" em alguém, funciona?


Esse termo "dar o gelo" em alguém, existe desde os primórdios. Desde o meu colegial e, quando observo nas redes sociais, apesar das mudanças de gíria, ele é usado constantemente. O significado de "gelar" uma pessoa é exatamente o seu real significado: frio, tratar com frieza. E porquê fazemos isso?

Vou te falar, o ser humano é uma criaturinha das muito complicadas e, com nossas manias, com nossos defeitos, egoísmo, orgulho, nos vemos sempre em situações onde magoamos alguém ou somos magoados, porque, afinal, convivemos com outras pessoas e cada qual bem diferente umas das outras. O resultado de uma atitude errada (ou interpretada assim) pela outra pessoa, recebe de retorno, atitudes como "gelo". 

Quando você já explodiu, gritou, xingou e não surtiu o efeito desejado, você opta pela 2ª opção: ignorar o coitado (ou coitada). 

Alguns bem que merecem passar por esse "momento frio" porque eu bem sei que tem muita gente abusadinha por aí, que fala sem pensar, que acha que as outras pessoas nasceram para servi-las ou que vão esperar por elas durante uma vida inteira até que decidem aparecer feito um lindo super-herói em sua janela dizendo: "agora estou pronto!"


E enquanto isso você fica esperando.

O quê?
Calma lá. Não é bem assim não!

Vamos à pergunta deste post: funciona?

Acho que em 70% funciona, pela minha experiência e pelas vezes que eu também usei do método. Nós amamos o que não temos, valorizamos o que não podemos possuir e, principalmente, aquilo que não beija nossos pés. Sendo assim, quando você está sempre disponível, cria uma caminha confortável para o outro indivíduo que o faz agir desinteressadamente te valorizando bem menos do que você merece. Tão acostumado a essa sensação de ser estendido tapete vermelho toda vez que passar, quando você não estiver mais jogando pétalas de rosas entre seus passos, com certeza ele irá parar e questionar: "Opa! O que mudou?"

Observando que algo mudou, que você não está mais tão disponível, "a falta" o fará voltar.

Esse é o famoso "amor de Eros", o amor da falta, do que não se tem, do impossível, do inatingível, do "descobri que amo depois que perdi".

É, somos sim um bando de sem-vergonhas mas, muitas e muitas vezes, o "gelo" funciona e funciona bem. 
Salvo alguns casos onde a criatura estava mais que afim de te ver longe então, ele suspira aliviado com sua ausência. 

Se valorize mais, é o recado de hoje. 
Se precisar tratar com frieza ou nem falar com alguém por um tempo só pra ver se vai funcionar, faça. Mas faça ciente de que também pode dar errado essa tática.
De qualquer modo, deixe que o outro sinta sua falta. Deixe que ele te procure, que implore e queira sua presença, sua companhia, suas palavras.


Afinal, o mundo é um grande supermercado e se você não for bem sucedido no departamento de congelados, que tal tentar no setor dos Orgânicos ou no açougue. Dá que você encontra um filé... (risos).