terça-feira, 30 de agosto de 2011

VOCÊ ME CRITICOU? EU TE CRITIQUEI?


Sou muito crítica. E impaciente também.
Talvez seja por isso que minha visão de mundo chega a ser tão detalhista, assim como minha visão de pessoas e de mim mesma.
Uma vez crítica, faço de mim a principal vítima.
O que resulta numa necessidade imensa em ser exemplar em uma série de coisas e de buscar uma perfeição longe da realidade.

Mas admito que com os outros eu também pego muito pesado.
Tenho comigo que elas deveriam fazer aquilo exatamente como eu faria ou melhor!
De forma que me surpreendesse e maravilhasse, o que quase nunca acontece.

E porquê?
Por que as pessoas são diferentes.
Necessidades diferentes, pensamentos diferentes, visão de mundo completamente diferente.

Então ontem fizemos uma leitura ao acaso, como gostamos de fazer aqui em casa, do livro de André Luiz, psicografado por Chico Xavier chamado Sinal Verde.

É, se eu te contar, colega... a velocidade do tapa que recebi na orelha... você ficaria pasmo!

"Procure selenciar onde você não possa prestar auxílio."

Puxa vida, pra mim foi uma morte! E os meus palpites nem sempre corretos, onde ficam??
Guardados. Comigo.
Se minha opinião vai confundir e gerar discordia na vida daquele que me ouve, melhor nem abrir a boca.
Ok. Tentei. Tentando...

"Toda vez que criticamos alguém estamos moralmente na obrigação de fazer melhor que esse alguém a tarefa em pauta."

E é verdade. O que menos ou nada acontece, não é mesmo?
Criticamos a tarefa das pessoas, a forma como elas agem ou fazem as coisas e muitas vezes, não chegamos nem no chulé da capacidade dessa outra pessoa em fazer aquilo que ela faz de melhor. E ainda assim, criticamos, diminuimos.

As críticas construtivas serão sempre muito bem vindas, pois elas nos auxiliam no crescimento, no nosso amadurecimento nos tornando mais preparados para a vida.
As destrutivas agem como seu próprio nome: DESTROEM.
Nem todo mundo está preparado pra ouvir o que você tem a dizer ou pensa a respeito de qualquer coisa!
E na verdade, ninguém é obrigado a ouvir o que você pensa, se quer saber.

E o que se há de fazer:
Para os críticos como eu, a disciplina.
Aprender a hora em que deve falar e pensar exatamente em que falar, de forma que suas palavras ajude ao invés de diminuir.
Para os que são criticados, um favor: Aprendam a ouvir!
Por mais que seja péssimo ouvir opiniões alheias sobre seu comportamento ou algo que tenha realizado, entenda que algumas críticas são e muito necessárias. Porque jamais saberíamos onde estamos errando se não fosse a visão de fora, que vem das outras pessoas e se manifestam em forma de crítica.
Nem todas as críticas são ruins, aprenda a ouví-las e separar o que é bom do que não é.
O que não for bacana, você simplesmente joga fora!
Só não vale chorar riooooosss de amargura por causa de uma crítica, né?

Bjo no coração dos fofuxos!! ;-)

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

QUESTÃO DE MERECIMENTO


Prestem atenção neste curto diálogo que tive recentemente com um amigo muito querido:
 
EU: _ Não se preocupe, as coisas vão dar certo pra você.
AMIGO: _ Claro, se for do meu merecimento...
 
Fiquei pensando naquilo.
 
 
Quando eu era adolescente, cismei que queria a uma tal de mochila que era a sensação nos anos 90. Tinha dessas mochilas de todas as cores, desde preta a rosa pink. Era o desejo de criaturas como eu, que não entendiam o que era ou não realmente importante na vida.
Naquela época, aquela mochila ERA e MUITO importante na minha vida!
Meus pais não podiam comprá-la (foi um período onde tivemos muitas crises financeiras., crises inclusive que duram até hoje! rs) e eu logo achei que o meu irmão sim, poderia comprá-la pra mim!!!
Triste foi ouvir da boca dele que...

"Você não está merecendo" "Te dou uma quando você merecer!"
 
Só sei que esse "quando você merecer" nunca chegou.
Tive de dar o meu jeito se era mesmo aquela mochila que eu queria.
Comecei a trabalhar numa creche em troca de uma mixaria mas que me fez ter a mochila roxa em minhas mãos (mesmo que dividida em parcelas que se perderam de vista!).
 
E foi assim, como tudo em minha vida. Talvez, eu nunca merecesse nada, é bem verdade.
Por isso, tentei e tento ainda hoje não esperar das pessoas...
 
Mas o que meu amigo quis dizer nem foi o merecimento com relação as pessoas, foi um merecimento divino mesmo. Porque se Ele (Deus), somente Ele sabe o que é o melhor pra nós, assim também saberá o que merecemos ou não que aconteça em nossa vida.
 
Então admito o quanto acho difícil ver pessoas "merecendo" e eu nem tanto.
Logo me lembro da história de um homem muito religioso, honesto e que de tudo fazia para que sua vida fosse a mais correta possível.
Em um dos dias de trabalho, mexendo no maquinário em que era responsável, ele sofre um acidente e perde o dedo polegar. Revoltado, questiona a Deus o porquê de ele merecer essa prova tão cruel, se ser agora, um homem defeituoso.
Foi então que numa noite, um mensageiro de Deus se apresenta a este homem e diante dele diz:
_ Não se revolte contra o nosso Pai, meu filho!
_ Mas eu sempre fui um bom homem, um excelente pai de família, nunca deixei nada faltar aos meus filhos, sempre tão honesto e amigo de todos! Porquê isso aconteceu comigo??
_ Estava escrito que você perderia todo o seu braço, mas, devido ao homem bom que foi, Deus permitiu que perdesse apenas o dedo...
 
 
Minha vida poderia estar pior. É fato. E a sua também, viu?
O que ocorre é que muitas vezes não vemos onde Deus se apresenta. Não enxergamos que aquilo que vivemos ou que deixou de nos acontecer, teve lá os seus motivos!
Nosso merecimento nem sempre vem com seus holofotes ofuscantes e nem mesmo com o som dos aplausos.
É isso que eu e você precisamos entender.

=)

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

A DIMENSÃO DAS PALAVRAS


Sempre falo sobre temas parecidos aqui, porque a palavra, realmente, é companheira diária e todos os dias e toda a hora eu teria o que falar sobre ela.

Mas a sua dimensão é que continua a me espantar.
Sério! Espanta e muito.

Começo com uma letra e logo, em questão de minutos, tenho um texto inteiro!

Entendeu não?

O que quero dizer é que, algumas vezes usamos as palavras de uma forma da qual acreditamos no momento ser a certa. Mas nem sempre os ouvidos estão preparados para ouví-la e ela entra de um jeito e sai de outro completamente diferente!
Claro que pecamos às vezes em dizer o que nos vem a cabeça. Ainda mais quando não pensamos na repercussão que isso ia causar.
Mas em outras, são os ouvidos alheios mesmo que não estão preparados para ouvir ou compreender.
É aí que as palavras tomam uma dimensão gigante onde um comentário se torna em uma tragédia grega escrita em 200 atos!!

Hoje mesmo, eu abri esse meu bocão através do teclado com computador e puxei a orelha de um companheiro de trabalho, daqueles trabalhos sem fins lucrativos.
A história cresceu e tomou proporções que eu não esperava resultando no afastamento dele.

Que merd... Eu podia xingar!
Podia dizer também que "PELO AMOR DE DEUS, ENTENDE TUDO ERRADO!", mas aí eu o estaria culpando, quando na verdade, a culpa é minha também.
Esqueci totalmente da viagem que as palavras fazem dentro do cérebro, passando pelas emoções, problemas pessoais, dificuldades e parando no entendimento próprio.
Esqueci que sou eu que tenho de aprender a tomar cuidado com as palavras que digo, como as digo e pra quem.

O que você diz pra um causa um efeito drástico em outro que já tem lá suas dificuldades, medos e mais um punhado de coisas.

Aff... Suspiro.
Só me resta suspirar, aprender sempre com o fato e calar essa minha boquinha de vez em quando.

Se soubessemos mais sobre a dimensão das palavras, falaríamos mais de amor, não é mesmo?
Diríamos mais vezes o quanto amamos, "que você é linda", "Você vai conseguir" ou "muito obrigado".

As pessoas sempre esperam um "muito obrigado". Às vezes mais do que um "eu te amo".
Pode apostar que sim...

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

A LUZ QUE CARREGAMOS NOS OLHOS


Quando a minha sobrinha Ana Sofia nasceu, eu não a conheci de imediato como fiz com meus outros dois sobrinhos antes dela. Nem lembro ao certo o que foi que ocorreu e porque demorei tanto pra conhecer minha menina...
Mas me lembro, como se fosse hoje, da primeira vez em que a vi.
Nunca, em minha vida, eu havia me emocionado ao fitar os olhos de alguém.
Aconteceu assim que nós nos olhamos. Seus olhinhos estavam molhados pois havia acabado de chorar e, no colo da mãe, quando me viu, sorriu.
Eu não saberia explicar o que havia naqueles olhos de criança, mas uma coisa é certa: havia luz, mas tanta luz que a pureza e o amor daquele olhar me emocionaram.

Hoje, procuro nas pessoas a luz em cada olhar.
Muitas vezes, essa luz também se manifesta num sorriso.
Ontem tive a oportunidade de fazer parte de um seminário onde diversos desses sorrisos estiveram presentes.
Um momento sem o "lá fora", sem os problemas do cotidiano, as dores de cabeça do adulto. Um momento onde nos concentramos em amar e aprender. Somente isso.
E sinto como se uma tela estivesse formada sobre meu pensamento e dezenas de sorrisos e abraços iluminados sendo projetados.
Vi a lágrima no olhar de alguém quando me fitou por um tempo, enquanto eu sorria e falava feito uma maluca. (risos)
E me lembrei que certa vez uma senhora havia me dito que eu tinha essa luz no olhar, que eu tinha esse brilho no sorriso.
Brilho que perdi no passar dos anos e que, de alguma forma, iluminou-se ontem. E alguém viu.
Se soubéssemos a importância que tem essa luz em nosso olhar, se soubêssemos o quanto ela pode curar, amparar e abençoar, jamais destilaríamos veneno através dele, jamais enviaríamos o rancor, desprezo sobre qualquer pessoa.
Se soubêssemos...
Pena, que não sabemos.
Pena.

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

FELICIDADE: A centímetros de mim...


Isso é o que sempre dizemos aqui em casa. Que estamos sempre a alguns centímetros da felicidade.
Por quê?
Vou te explicar.
Sabe quando alguma coisa se propõe a acontecer, quando você enfim acredita depois de muito desconfiar que aquilo poderia ser real, quando seus lábios começam a se mexer arriscando um sorriso?

Aquele momento em que você pronuncia tais palavras sagradas: "Até que enfim!"
Não importa o que seja. Pode ser o emprego dos seus sonhos aparecendo, a grana tão esperada, a recuperação desejada ou aquele amor que sempre esperou.
Você enfim descobre que está diante da felicidade! De tudo que sempre quis e que, agora sim, as coisas vão dar certo.

Então. Conhece?

E quando essa "alguma coisa" não acontece?
Passa por você como uma tempestade, um vento forte e nem sequer entra porta a dentro.
Vai embora! Rapidinho. Ligeirinho. "vazou".
É nessa hora que costumo dizer que a felicidade esteve a alguns centímetros de mim.
Sempre a alguns centímetros. Não consigo nem mesmo chegar a tocá-la, se querem saber.

Pode parecer contraditório mas, se alguém me perguntasse se sou feliz hoje, é claro que diria que sim!
Tenho saúde, uma casa pra morar, cama pra dormir, roupa pra vestir, o amor da minha família, amigos de verdade, sobrinhos que me amam incondicionalmente e que correm em minha direção quando chego, algumas regalias que outras pessoas nem sonham em ter e, então eu não poderia nem ousar dizer que não sou feliz. Blasfemaria!

Só que o nosso grande mal é nunca se contentar com as coisas que temos. Temos sonhos, queremos coisas, idealizamos coisas! Sonhamos com um futuro brilhante, com conforto, amor e a famosa felicidade dos comerciais de margarina...

É dessa aí que estou falando quando me refiro a "centímetros de mim". (a dos comerciais de margarina, caso exista. Ainda tem isso... Pode ser que ela nem exista, não neste mundo.)
A vida sempre me oferece um doce e me tira bem na hora em que eu iria me lambusar e me fartar!
Pode até ser por isso. Mania de querer se lambusar e fartar de tudo. Acabo ficando sem nada.

Um dia ainda entenderei porque essas coisas acontecem.
O que me resta compreender hoje, assim como você também, caso sofra do mesmo mal, é que tudo tem seu tempo certo. Tudo tem sua hora pra acontecer. E alguma razão lá tem dessa tal felicidade se aproximar de você e não ficar. Talvez, não estejamos preparados para vivê-la. Já pensou nisso?

Eu já.
Nem sempre aceito.
Mas pensar, eu já pensei.

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

VOCÊ TEM ALGUM REFÚGIO?


Buscando uma inspiração para saber sobre o que escrever em meu blog, dei algumas voltas até a cozinha, abri uma garrafa de vinho, coloquei uma música, fiz um arroz bem colorido e passei algumas batatas na manteiga com diferentes temperos. Servi a minha mãe e fomos para a frente da Tv assistir a novela enquanto deliciávamos o jantar e a taça de vinho...
Me peguei sorrindo enquanto eu fazia tudo aquilo, enquanto eu temperava as batatas e fatiava o alho. Eu sorria!! Não gargalhava feito uma maluca, mas naquele momento, minha alma sorria.

"Como se eu não tivesse problema algum" foi o que mencionei na minha página no Facebook.
E logo, uma amiga querida, também escritora, comentou que buscava um refúgio desses de vez em quando, de que ela estava precisando e, em seguida, sugeriu esse tema ao meu modesto Blog.

Refúgio. É verdade. Sempre buscamos refúgios. Cada qual à sua maneira. Umas formas mais saudáveis e inteligentes, outras nem tanto. Mas o que se há de fazer? Cada um age á altura de sua condição moral, espiritual e mais algum "al" que eu tenha deixado passar. rs.

Então, ela me perguntou: "O que você sugere que seja meu refugio?"
Na verdade, nem deveriam existir refúgios, pois cada um de nós deveríamos viver a vida na lata mesmo e aguentar cada porrada que ela nos dá. Sem essa de precisar se refazer, renovar, recuperar e voltar pra vida. Num tem jeito, não. Ou você está na vida ou não está.
Mas como ainda somos seres muiiito atrasados galgando vagarosamente a uma evolução ainda longínqua, digo que precisamos sim de refúgios. E que eles sejam saudáveis, por favor!

Vamos aos exemplos:
Você pode preferir mergulhar em uma super história naquele Best Seller que você tem na sua prateleira e que não lê, como também pode assistir uma comédia maravilhosa que irá arrancar milhares de sorrisos estridentes e juro que naquele momento, não irá nem sequer lembrar de seus problemas!
Também pode escolher fazer algo que goste.
Eu, em um dado momento, escolhi a culinária criativa, o vinho e a música. Escolhi aquele momento de solidão na minha cozinha.
Mas eu poderia ter optado por outras coisas, não importa! Não importa que lugar, ocasião, pessoa ou situação seja seu refúgio. O importante é que seja algo que possa te proporcionar um bem estar inigualável quase que transcendental! (O quê? Hum.. pode ser isso também, que você pensou.) Mas tudo na dose certa, viu pessoas?
É fato que o excesso não faz bem pra ninguém...
Importante que você se sinta bem, mesmo que por alguns minutos. Já terá valido a pena.

Bjoookss,

PS. Agradecimentos à linda Rô Pinheiro que me deu essa dica ótima! Sem esquecer, claro, o amigo Mário Brum que me incentivou a tomar outras taças de vinho para a vinda da inspiração. O que eu não fiz, claro! kkkk...

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

MACACANDO NO PRECONCEITO


A. Rangel, em seu livro "As mais belas parábolas de todos os tempos", contou uma história muito interessante. Leia só:

"Um grupo de cientistas colocou cinco macacos em uma jaula, na qual havia uma escada e, sobre ela, um cacho de bananas. Quando um macaco subia na escada para pegar as bananas, os cientistas jogavam um jato de água fria nos que estavam no chão. Depois de certo tempo, quando um macaco ia subir a escada, os outros o pegavam e batiam nele.
Com mais algum tempo, nenhum macaco subia mais a escada, apesar da tentação das bananas.
Então, os cientistas substituíram um macaco por outro. A primeira coisa que este fez foi subir a escada. No mesmo momento, foi retirado pelos outros que, em seguida, o surraram. Depois de algumas surras, o novo integrante do grupo não subia mais a escada.
Um segundo macaco foi substituído, e com ele aconteceu a mesma coisa. E o curioso foi que o primeiro substituído também participava agora, com entusiasmo, das surras dadas no novato.
Um terceiro foi subistituído e a situação se repetiu. E depois o quarto, e finalmente, o último.
Os cientistas então, ficaram com um grupo de cinco macacos que, mesmo nunca tendo tomado um jato de água fria, continuavam batendo naquele que tentasse pegar as bananas.
Se fosse possível perguntar a algum deles porque batiam em quem tentasse subir a escada, com certeza, a resposta seria:
_ Não sei. Mas as coisas sempre foram assim por aqui..."

E Sergito Cavalcanti em seu livro Acreditar e Agir, complementa dizendo:

"Na verdade, é assim que funciona o preconceito. Não temos idéia de como tudo começou, mas agimos seguindo o que os outros fazem."

***

Depois dessa história e do comentário do Sr. Sergito, me calo, deixando que você próprio tire suas conclusões sobre o que temos visto em nosso mundo, sobre as atitudes das pessoas com relação às outras e, principalmente, sobre NOSSAS atitudes.

Uma noite de reflexão a todos...

terça-feira, 9 de agosto de 2011

QUANTAS PESSOAS EU JÁ FIZ CHORAR?



“Sei que errei, te fiz sofrer...
Mas os meus olhos não podem esconder
O que eu sinto aqui, dentro de mim
Pra nunca mais fazer você chorar...
Pra nunca mais fazer você chorar...”


Dois amigos escreveram essa música chamada “Nós”. Vinícius Costa e Rodrigo Carvalho.
Hoje a escutei mais uma vez depois de muito trabalhar bem ao lado dela. Peguei meu violão e a toquei.

E olhem só a minha viagem!!!

Parei, do nada, para pensar em quantas pessoas eu já fiz chorar por essa vida a fora!
Tirei da lista os meus pais, irmãos, sobrinhos... rs (estes já choraram um monte!)
E fiquei aqui, matutando, tentando imaginar na minha mente fértil, quantas pessoas eu já havia feito chorar...

Quantas pessoas já choraram por mim?

Quantas lágrimas rolaram dos olhos de outros devido a algo que eu tenha feito e por vezes, até sem perceber?
Vai saber...!
Viajei mesmo agora... Fato.

Na minha sala, um quadro pintado por mim, Jesus me olha no fundo dos meus olhos e me diz:

_ Eu sim, já chorei por você.

Ele, o meu anjo da guarda, com certeza devem ser os que mais choram de tristeza ao ver as barbaridades que faço, as minhas tolices e impulsividades.
Devem estar chocados...

Engraçado que a gente nunca pára para pensar nessas coisas. E quando pára, fica que nem eu, um pouco maluca.
Só de imaginar as vezes que magoei, humilhei e rejeitei sem perceber, me dá calafrios!
Somos assim, pessoal!
Fazemos muitas coisas sem sentir, sem refletir. Quando viu, já foi.
E neste momento, em algum quarto escuro, alguém abraça um travesseiro chorando desesperado de dor, sem que você nem ao menos tenha o conhecimento.

Por isso que devemos pensar umas 30, 60, 100 vezes quando culpamos o outro por nos fazer sofrer, por nossas lágrimas. Não sabemos quantos já fizemos chorar!
E nem mesmo se eu tentar descobrir agora vou conseguir. Haja poderes sobrenaturais para tal! Rs. Infelizmente, não há como saber.
Só dá pra saber daqui pra frente.
Dependendo do que falamos, de como nos comportamos e tratamos as pessoas.
O “daqui pra frente” você tem sim, como saber. Pois estará mais atento. O passado, complicado.
Mesmo se você sair perguntando, penso que aquele que chorou nem vai te contar, não é verdade?

Sorrio para o meu Jesus pendurado quietinho na minha parede e prometo que daqui pra frente “tentarei” me vigiar mais. Atentar as coisas que digo e a forma como trato as pessoas.
Família, Jesus e Anjo da Guarda num tem jeito. Vão sempre chorar por nós! Rs
Mas o resto das pessoas que nada têm a ver com sua vida, com seus problemas, não merecem que passem noites sem dormir, chorando por você.
Nem mesmo quando você morrer!
Porque se alguém tiver um “eu te amo” pra dizer é melhor que diga de uma vez. Não quero ver lágrimas de um arrependimento respingar sobre meu corpo inerte e frio.
Do que vai adiantar?

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

RANCOR (Que sentimento chato!)



_ Você é uma pessoa muito rancorosa, minha filha!
Foi o que eu ouvi minha mãe me dizer certa vez.

_ Rancorosa?? Eu??? Quê isso? Nunca!!!
Caí na defesa.

Mas ela estava certa.
Mãe conhece bem seus filhos.
Eu sou assim.
Antigamente eu era pior, devo admitir.
Hoje, algumas coisas até deixo passar batido e acabo por não me importar.
Mas outras, ainda me incomodam.
E logo sinto uma carcaça grossa cobrir meu coração e o desgosto chegar aqui, bem pertinho, sentando coladinho ao meu lado.

Tenho uma maneira drástica de resolver algumas coisas (não quer dizer que isso seja certo, viu? Normalmente não é.) Eu, quando ofendida, magoada ou duramente contrariada, costumo usar uma caneta enorme, uma foto gigante do indivíduo e me satisfaço, sentindo o maior prazer, em fazer um "X" na cara do coitado (ou da coitada!).
Simplesmente deleto. Ignoro. Arranco violentamente da minha vida, como se nunca tivessem existido.

Só que, quando eu sento pra pensar, para refletir sobre meu comportamento e minhas atitudes, eu me entrego à razão e vejo que a "coitada" sou eu. Nenhum deles. Sou eu.
Eu, que tolamente, imaturamente, insisto em guardar o rancor em meu coração. Aquele sentimento pesado, sombrio que vem acompanhado da mágoa, da tristeza, da raiva e do desconforto.
No fim, perante a pouca importância dos outros que julguei "coitados", percebo que somente eu me importei tanto nessa história a ponto de me esforçar para esquecer e deletar da minha vida.
Sempre me pareceu a melhor saída, mas não é não. Me entendam.
É fácil porque no momento da raiva você acha que é o melhor a fazer, mas não é.
É como se sempre tivesse algo que você não resolveu na sua vida.
Quando as pessoas estão bem e, automaticamente, elas vão saindo da sua vida, não resta muito a não ser uma saudade ou um carinho distante.
Mas quando você as retira violentamente, sempre haverá uma pendência. Sempre.
Achamos que não, que está tudo bem... mas não está nada!
Quando você acorda, lá está o pesadelo em forma de mágoa, de rancor...!

Quero me livrar disso, minha gente!
Mas não sei como...
Acho até que... fugi dessa aula! rs..

Não sei se foi Shakespeare ou se foi Einstein que disse que guardar ressentimento é como beber veneno e esperar que a outra pessoa morra.

Lóóógicoo!!

Porque no final dessa história toda, o único prejudicado serei eu mesmo. Mais ninguém. Como disse antes, só haverá um "coitado", aquele que não soube passar por cima, que não soube perdoar e muito menos esquecer.

É, minha mãe tem razão.
E acho que desse mal ela não deve morrer, já que seus aborrecimentos duram uma fração de segundos.
Ah, como eu queria ser assim!

Mas meus caros leitores, escutem essa: Eu ainda chego lá.
Vamos juntos? (risos)


domingo, 7 de agosto de 2011

CATÁSTROFES PESSOAIS


"Quando o céu estiver em cinza, a derramar-se em chuva,
medite na colheita farta que chegará do campo e
na beleza das flores que surgirão no jardim."
(André Luiz)

Quantas foram as vezes que eu senti meu mundo desabar?
Que achei que tudo havia se acabado pra mim?
Quantas vezes eu sofri perante infortúnios, calamidades na minha vida pessoal que eu achei que jamais me recuperaria?

Muitas.
Muitas vezes.

Mas e você?

Quantas foram as vezes que você sentiu o mundo inteiro cair sobre sua cabeça?
Que pensou que nunca nada ia se resolver?
Que pensou em desistir?
Quantas??

E o que aconteceu com você? O que aconteceu comigo?

Eu estou aqui. Você está aí.
Naquele momento nós pensávamos que nada ia se resolver, não foi? Que nunca encontraríamos a solução ou que jamais nos ergueríamos ou recuperaríamos da grande catástrofe que se apossou de nossa vida.
E como estamos agora?
Mesmo que, não estejamos lá "grandes coisas", que tenhamos levado uma semana, um mês, um ano pra nos recuperarmos, ainda assim, estamos aqui, continuando a caminhada...

Todos os dias alguém sofre, alguém chora, se decepciona, tem vontade de matar e de morrer.
Todos os dias!
Parece que estamos sempre andando sobre cordas bambas onde jamais podemos nos dar ao luxo de sequer relaxar. Dá uma distraída, a perna treme e... ficamos pendurados!!!

Ah, como é dura essa vida...
Ainda bem que existe a cicatrização, a vontade, a força, a esperança. Esperneamos, choramos, batemos a cabeça e dizemos pra nós e pro mundo que "Cansamos!"
Como se fosse possível abandonar a vida e suas dificuldades, da mesma forma como abandonamos uma brincadeira quando estamos cheios dela...
Impossível.
De qualquer forma temos de caminhar, de continuar. Com dor ou sem dor, com coragem ou sem, temos de continuar!

Mas, escreve uma coisa:
Um dia, veremos nossa estrada adornada de flores de cores diversas. Veremos um jardim imenso onde o perfume ultrapassa as barreiras do possível! Um bosque fresco onde descansaremos nossos pés e um riacho cristalino onde lavaremos nosso suor e mataremos nossa sede...
Um dia, aquele caminho que hoje pra você parece tão áspero e pedregoso, estará repleto de pétalas!
Acredite nisso!
Porque eu tenho tentado acreditar toda manhã quando acordo e à noite quando vou me deitar.
Tento acreditar que o sol escaldante que hoje queima minhas costas, amanhã apenas me aquecerá e brilhará lindamente pra mim.
Acredite você também.
Acredite que toda aparente catástrofe do agora, amanhã será apenas uma lembrança dos dias ruins que teve e que lhe trouxeram sabedoria e experiência.
Não percamos a fé. Nunca.

Boa semana!!

(Olha que exemplo de vida! rsrsrsrs...)

"Quando o céu estiver em cinza, a derramar-se em chuva, medite na colheita farta que chegará do campo e na beleza das flores que surgirão no jardim."
(André Luiz)

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

MÚSICA E BANHO PRA RELAXAR



Hoje faço questão de escrever este post, dando (como sempre) aquelas "diquinhas" para os meus amigos leitores que, como eu, sofrem de crises constantes, ansiedade, mal humor, insatisfação, e um outro monte de nomes que com certeza, se encaixam perfeitamente em sua situação atual.

Todo dia uma chateação nova, uma crise nova... e aí?
Como sair desse momento caótico que estou vivendo mesmo que seja por alguns minutos? Como superar a rejeição, auto-estima baixa, decepções sem me sufocar todo dia um pouco mais e acabar por adoecer o meu corpo?

E logo, reparei que, consciente ou insconscientemente, tem algo que sempre faço. Talvez, se você fizer também, pode te ajudar um pouco, assim como me ajuda todas as vezes.

Amo a música. E inúmeras são as pessoas que também a amam em seu grau elevadíssimo ou no natural, mais comum. Aquele radinho dentro do ônibus antes de ir para o trabalho. Este mesmo!
Agora, tem aquelas pessoas que a carregam na alma e que conseguem passá-la através dos dedos ou da voz, transformando a magia em realidade.
No final, todos amamos música!

E devido ao seu alto índice de envolvimento e participação na existência humana, criaram a musicoterapia e tantas outras atividades voltadas para a música que já foram capazes de curar milhares de pessoas de seus males da alma.

A minha musicoterapia é bem simples.
Vou ali tomar aquele belo banho (tem que ser demorado e com muita água na cabeça), levo meu celular onde deposito nele canções que me agradam e que me levantam e fico assim alguns minutos.
Aquele momento é meu. Só meu. Onde me entrego ao calor da água que cai sobre minha nuca e que me permito ensaiar alguns passos ou soltar minha garganta ao cantar.
Naquele momento, eu me sinto feliz.
Esqueço tudo.
Esqueço meus problemas, se sou feliz ou não, se sou bonita ou não, se sou alegre ou se sou triste.
E então eu me lembro que a vida é aquele calor que cai sobre mim, aquela água que limpa minha alma e aquela música que me faz dançar...

Saio do banho outra.
Todas as vezes. Todos os dias.
Minha conta não vem muito alta, não se preocupem com este detalhe! rs.. Uns 5 minutos as vezes é suficiente para você se recuperar. Uma vez ou outra, e bem que você merece, pode ficar seus lá 30 minutos que, além de desbotado vai sair bem melhor. Limpo, de corpo e alma.

É aí que vejo o quanto a música pode despertar o bem, a força dentro da gente. Um rock, um clássico de Vivaldi, uma música brasileira... aquilo que elevar a sua alma, independente do gosto musical que tenha.

Algumas vezes, canções brasileiras embalam minha cabeça. Em outras, a música clássica me faz fechar os olhos e flutuar, assim como as dançantes me embalam e enlouquecem! Mas admito, que por vezes, já me peguei ouvindo um bom rock e tive a certeza que todas as minhas dores e problemas vazaram pelo meu ouvido.

Enfim, a música é a magia da alma. É a emoção em notas. O amor em melodia.

Minha dica básica é essa: Num tá legal, cheio de problema, se sentindo infeliz?
Vai colocar uma boa música, tomar um belo banho, dançar e cantar o máximo que puder. Até se sentir bem.

Ah, como os problemas são enormes! Então, lembre-se: SOMOS MAIORES QUE ELES.

Bjinhos!!


terça-feira, 2 de agosto de 2011

METADE - Oswaldo Montenegro


Amei tanto, mas tanto essa letra, que tive que compartilhar aqui no blog com meus leitores, é claro!!

Deliciem-se!

METADE


Que a força do medo que tenho
Não me impeça de ver o que anseio;
Que a morte de tudo em que acredito
Não me tape os ouvidos e a boca;
Porque metade de mim é o que eu grito,
Mas a outra metade é silêncio...


Que a música que eu ouço ao longe
Seja linda, ainda que tristeza;
Que a mulher que eu amo seja pra sempre amada
Mesmo que distante;
Porque metade de mim é partida
Mas a outra metade é saudade...

Que as palavras que eu falo
Não sejam ouvidas como prece
E nem repetidas com fervor,
Apenas respeitadas como a única coisa que resta
A um homem inundado de sentimentos;
Porque metade de mim é o que ouço
Mas a outra metade é o que calo...


Que essa minha vontade de ir embora
Se transforme na calma e na paz que eu mereço;
E que essa tensão que me corrói por dentro
Seja um dia recompensada;
Porque metade de mim é o que penso
Mas a outra metade é um vulcão...

Que o medo da solidão se afaste
E que o convívio comigo mesmo
Se torne ao menos suportável;
Que o espelho reflita em meu rosto
Um doce sorriso que me lembro ter dado na infância;
Porque metade de mim é a lembrança do que fui,
A outra metade eu não sei...


Que não seja preciso mais do que uma simples alegria
para me fazer aquietar o espírito
E que o teu silêncio me fale cada vez mais;
Porque metade de mim é abrigo
Mas a outra metade é cansaço...

Que a arte nos aponte uma resposta
Mesmo que ela não saiba
E que ninguém a tente complicar
Porque é preciso simplicidade para faze-la florescer;
Porque metade de mim é platéia
E a outra metade é canção...

E que a minha loucura seja perdoada
Porque metade de mim é amor
E a outra metade... também.


**** Oswaldo Montenegro ****