Quando eu era criança, achava que fazendo o certo eu impressionaria a todos e ganharia a atenção e o reconhecimento da família. Queria ser perfeita. Boa filha, boa irmã, boa aluna...
Até que o reconhecimento da forma como eu queria não veio e quando mocinha, resolvi optar pelo errado.
Errei até amadurecer, até eu chegar a uma conclusão daquilo que eu sou, de como realmente sou, sem me importar com atenção ou reconhecimento.
Hoje ainda erro. E quem não erra?
Queria errar menos, mas algumas vezes é quase impossível evitar o erro de uma palavra proferida em momento errado ou de um dever não cumprido.
Assim como eu, mero ser humano, as pessoas erram, se enganam e erram de novo e de novo.
A tendência é você errar uma vez e acertar numa segunda, o que nem sempre acontece.
Algumas vezes insistimos em persistir no erro mesmo que ele nos traga infelicidade.
Todos temos o direito de errar e de acertar também.
Quando criança eu optei pelo errado por achar, na minha cabecinha, que era o certo, o melhor pra mim. Realmente eu consegui chamar mais atenção. Mas uma atenção ruim e que me satisfez por pouco tempo.
Na vida, não passamos de alunos.
Vamos errar muitas vezes até nossa cabeça vazia amadurecer e enxergarmos a verdade.
O que é melhor pra nós.
Fácil demais cometer erros. Mais fácil ainda você desistir de acertar por não receber o reconhecimento que gostaria.
Já fui chamada de incompetente por um chefe mal agradecido e ingrato. E quem não foi? Na minha cabeça, eu dei o meu melhor e não merecia ter sido chamada assim em alto e bom som. Mas tudo que sei, após um tempo, é que aquele era um péssimo dia para o meu chefe onde aconteceram coisas que o desagradaram e eu, ah... eu? Eu entrei de gaiato e tudo que consegui foi um belo de um apelido! E sabe o que valeu mesmo pra mim? Eu ter a certeza que ele estava mentindo. Eu ter a certeza que poderia ser tudo, menos incompetente. E o meu chefe, ele sabia disso.
Dê sempre o seu melhor. Não importa quantas vezes terá de errar para acertar. Nem mesmo quantas pessoas te esperam na primeira fila para te aplaudir. Não espere aplausos. Faça a sua parte. Dê o seu melhor. Aprenda com os erros. Arrependa-se deles. Entenda que todos podemos nos enganar porque assim somos nós, seres falhos que só querem aprender a viver. Não se importe se julgarem você, se te condenarem por não acertar. Uma hora o jogo vira. E pra quem está do outro lado: não condene quem errou. Um dia, o jogo vira.
“Nessa estrada não nos cabe conhecer ou ver o que virá. No fim dela ninguém sabe, bem ao certo, onde vai dar.” Já dizia o saudoso Toninho em Aquarela.
Nenhum comentário:
Postar um comentário