Penso como aquele paciente que necessita de seu remédio e o deseja.
Como um viciado pensa em sua droga.
Nem mesmo tive tempo de me viciar!
Quase não tivemos tempo...
É como se eu tivesse diante de uma imensa banca de feira com frutas de todos os tipos e sabores e visse apenas uma. Rara. Mas a única.
Sem pestanejar eu a quis e ela também me quis.
Meus lábios se molharam com sua suculência e em minha boca, o teu sabor.
A melhor de todas as frutas que já experimentei!
Porém, a única.
Como se eu pudesse voltar naquela mesma feira, no dia seguinte, e procurar pela mesma fruta.
Eu jamais encontraria porque... porque ela era única.
Terrível quando você tem de viver sem algo que seu corpo apreciou.
Terrível enfrentar os dias, as idéias e os pensamentos.
Passo os dias na feira, buscando aquela fruta.
Dentre todas que fui experimentando com o decorrer dos anos, nenhuma tinha o sabor que eu procurava.
Nenhuma tinha o sabor da embriaguez, da carícia e do olhar...
Deixei de procurar.
Penso até que, pode ser que eu encontre a mesma fruta em outras partes, outros lugares mas nunca do mesmo jeito nem com o mesmo sabor.
Pode ser que mais madura, quase passando do ponto...
Mas nunca será aquela.
A fruta pelo qual meus lábios imploram todos os dias...
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