terça-feira, 21 de fevereiro de 2012
MÁSCARAS DE CARNAVAL
Dias bons, bons dias.
Carnaval, gente na folia e outras no descanso.
Uns buscando o calor das companhias, sorrisos e batuques, enquanto outras o sossego das águas e aconchego das famílias.
Eu optei por fazer algo diferente do meu costume este ano: fui foliar!
Cada dia em uma cidade diferente daqui de Minas.
Um dia com turma, outro pra levar meus sobrinhos e o terceiro e último dia, foliando com amigos na linda (e toda urinada) cidade histórica de Ouro Preto.
Então, mesmo que eu tenha a princípio me divertido, dançado ao som de tambores e diversos estilos musicais, eu me frustrei ao encontrar o vazio nos sorrisos sem sentido...
Tudo bem! Era o que eu queria, sair, ver gente e fazer como elas: beber, me divertir, dançar a noite toda e quem sabe, encontrar alguém bacana.
Grande... imensa ilusao!
As pessoas não são bacanas quando o intuito principal é curtição e o instinto animal seu ponto principal.
Vi tantos olhares vazios, tantas máscaras e pessoas tentando ser o que não são!
Percebi então, que eu estava sendo mais uma delas...
Alguém que quisesse vestir uma máscara ou uma nova fantasia e encarar um mundo diferente, também de uma forma diferente que, no fim todos sabem, não levam a lugar nenhum.
Amando minhas companhias, meus amigos, ainda assim descobri o que eu queria e buscava perceber:
Nós não queremos ser como somos.
Por isso que, por vezes, nos esforçamos para gostar de coisas que não fazem mais parte da nossa vida.
O fato é que devemos encarar quem somos, respeitar o que gostamos ou o prazo de validade de determinado evento.
Ser feliz é tudo o que buscamos, mas não é e nem será em momentos vãos, sem pensamentos e alma, que conseguiremos esta proeza.
quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012
TUDO NESTA VIDA PASSA.
Pode parecer muito comum de se ouvir isso: "Tudo nesta vida passa."
É mais comum ainda ouvir de pessoas que lhe querem bem quando estão diante de um problema seu. Só seu.
Porém, o mais incrível é que, por mais que pareça muito um "chavão", ele tem lá sua boa parcela de verdade. Quase total, se querem saber!
Vivemos em um mundo turbulento, com pessoas turbulentas, enfrentando situações mais turbulentas ainda e, chega um momento em que você pensa que aquilo nunca vai passar e que você vai enlouquecer!
Pensa em desistir da vida, das coisas, de si mesmo. Pensa em esquecer, desaparecer, se esconder.
E, se fosse um super-herói seria a mulher/homem invisível.
Só esconder o rosto ou fechar os olhos não vai te fazer desaparecer.
E tudo o que lhe resta, é acreditar que realmente "tudo nesta vida passa" e que tudo passará.
Você lembra quando sofreu ao ponto de pensar que não aguentaria?
Pois é.
O que aconteceu, você se lembra?
E tem gente que nem se lembra...
Mas ao que tudo indica, você aguentou, caso contrário não estaria agora lendo este post.
Você aguentou, você superou, você sobreviveu.
Mostrou pra si mesmo que sua vontade em continuar fez com que as coisas passassem.
Porque na verdade, elas passam, meus amigos!
No exato instante, é terrível.
Se o mundo desabasse ele já teria desabado trilhões de vezes sobre sua cabeça.
Mas não.
Ele não desabou e aquela dor, depois de um tempo, passou.
Então porquê não acreditar que tudo nesta vida passa?
Passa e vai passar.
Pra você que agora tem enfrentado algo que não te agrada muito.
Pra você que está sofrendo e pensa não encontrar solução alguma.
Calma.
Acredite.
Confie.
Tudo nesta vida passa.
sábado, 4 de fevereiro de 2012
FAZENDO PEDIDOS
"Sempre acreditei que toda vez que a gente entra numa igreja pela primeira vez, vê uma estrela cadente ou amarra no pulso uma fitinha de Nosso Senhor do Bonfim, pode fazer um pedido. Ou três. Sempre faço. Quando são três, em geral, esqueço dois. Um nunca esqueci. Um sempre pedi: amor"
Esse trecho foi escrito por Caio Fernando Abreu, um jornalista, dramaturgo e escritor brasileiro falecido em 1996 no auge dos seus 48 anos.
Esse trecho foi escrito por Caio Fernando Abreu, um jornalista, dramaturgo e escritor brasileiro falecido em 1996 no auge dos seus 48 anos.
Apontado pela crítica, como um dos expoentes de sua geração com obras escritas num estilo econômico e bem pessoal, falando de sexo, de medo, de morte e, principalmente, da angustiante solidão.
Mas os seus trechos são bem próximos à nossa vivência atual, assim como seus dizeres no trecho acima.
Me peguei pensando nele no dia em que ganhei o meu Darumã.
Darumas são objetos orientais em forma de cabeça de diversos tamanhos.
Daruma |
Ao adquirí-lo, perceberá que ele vem com seus dois olhos sem pintar, justamente para que você possa fazê-lo.
Faça um pedido e pinte um dos olhos.
Faça um pedido e pinte um dos olhos.
Quando ele se realizar, você pinta o outro.
Interessante é que ele tem de ficar em um local de sua visão, pra que possa se lembrar dele todos os dias.
O meu está bem aqui, perto do meu computador. O vejo todos os dias e todas as horas.
Mas por incrível que possa parecer, nenhum de seus olhos estão pintados.
Eu não sei o que pedir.
Talvez por haver desejos demais ou incertezas.
Então, ao ler o que diz Caio Fernando Abreu, me lembrei das vezes que entrei em igrejas que nunca havia entrado e fiz meus 03 pedidos.
De quantas fitas amarrei em meu punho e também com pedidos.
Das estrelas que vi pela primeira vez e pronunciei uma estrofe batida junto com o desejo final.
As velas que acendi.
As coisas em que acreditei.
E é bem verdade, de todos os pedidos já feitos por mim, poucos eu posso me lembrar.
Mas de pedir amor é o que nunca posso esquecer.
Se bem que, hoje nem peço mais.
Desisti?
Não.
Não.
Mudei o foco.
Só isso.
Se vou fazer um pedido em meu Daruma ou não, sinceramente não sei.
Mas enquanto isso, ele fica aqui, me vigiando com seus olhos pálidos esperando por um lapso de vida.
Os desejos os fazem viver.
Acho que aos seres humanos também.
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