sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

NEM SEMPRE É O QUE PARECE SER...

  "O mundo está cheio de pessoas que trazem o sorriso nos lábios e o veneno no coração; que são doces, contanto que ninguém as moleste, mas que mordem à menor contrariedade; cuja lingua, dourada quando falam face a face se transformando em dardo venenoso quando falam por trás."
(Lázaro-Paris-1861/ Evangelho Segundo Espiritismo, cap IX, item 6)

Ah, aparências!
O mundo é cheio das "aparências"!
Porquê mudamos tanto de pessoa para pessoa, de situação para situação?
À nossa volta, pessoas que te sorriem mas às suas costas te condenam, difamam... Porquê?
Porquê nos preocupamos tanto em sermos aceitos por essa sociedade imunda perdendo muitas vezes a nossa verdadeira identidade?

Li certa vez, uma história de uma moça que coordenava um grupo de jovens que a amavam e idolatravam muito. A tinham como um exemplo pela sua doçura e simpatia. Até os pais dos jovens a admiravam.
Certa feita, era o dia do aniversário dessa moça, o grupo (muito animado) resolveu lhe preparar uma surpresa. Arrumaram salgadinhos, bebidas, um grupo grande de pessoas incluindo os pais e amigos do local onde trabalhava e foram visitá-la em sua casa sem que ela soubesse.
Silenciosos e anciosos pela reação da querida coordenadora e amiga, chegaram passo a passo, sem fazer barulho e foi aí que estranharam ao ouvir alguns berros vindo de dentro da casa. Era a aniversariante que esguelava com sua mãe, xingando-a de tudo quanto é nome de uma forma completamente desrespeitosa e inesperada para os demais. Sem saber que estava sendo ouvida e observada, num gesto de fúria, ela abre a porta principal e no que se depara com todos seus alunos, amigos e familiares de olhos arregalados, pois que não acreditavam no que acabavam de presenciar.

Quem era aquela?
Era a mesma pessoa que eles conheciam, a mesma doce e agradável pessoa que seria incapaz de desrespeitar qualquer um que fosse, muito menos sua própria mãe?
Ela se valia de um verniz. Uma grossa camada de verniz para que pudesse ser aceita, admirada pelas pessoas.
Muitas vezes minha mãe me contava essa história e nunca a esqueci. Porque como ela, trabalhei com um grupo de jovens e também me exaltava dentro de casa.
Só existia uma pequena diferença.
Nunca pedi que me admirassem ou que sequer me exaltassem.
Sempre me mostrei cheia de defeitos e falha como qualquer outro ser humano.

Por isso, as pessoas que têm vozes doces me assustam.
Pessoas com muito melindre para falar, com muito cuidado... Têm um brilho diferente no olhar.
A maioria dos meus amigos (pode conferir) falam pelos cutuvelos e na minha cara.
Eu até prefiro que seja assim.
Tem que falar, tá incomodando, você não gosta de mim, me conta!
Não precisa mentir pra conviver. Dissimular pra conviver!
Nossa, já passei tanto por isso nos lugares em que trabalhei...
Pessoas que me sorriam e em seguida me atacavam pelas costas.
Até me arrepio de lembrar!

Então, como já disse algumas vezes por aqui: SEJA VOCÊ.
Você não precisar criar um personagem para que gostem de você.
Aquelas que realmente valem a pena, gostarão de você do jeito que é.
Não se iluda pensando que sorrindo, dissimulando, se implastando de verniz vai ter um futuro digno e feliz!
Com certeza que não!
Porque uma hora, senhoras e senhores, a máscara cai e o tombo é feio! Capaz até de você nem levantar depois... rsrs...
E para o restante que não usa uma pele de cordeiro e que nem se importa se realmente for um lobo: CUIDADO!!!
Cuidado com os lobos em pele de cordeiro...

"Não basta que os lábios destilem leite e mel, pois se o coração nada tem com isso, trata-se de hipocrisia."




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