Era um dia comum. Uma reunião bem sucedida e muitas idéias fervilhava em minha cabeça e também nas das pessoas com quem me encontrei. Tudo parecendo se concretizar.
Era tarde quando cheguei na estação do metrô para esperar a condução pra minha casa. Era noite, o frio corria entre minhas costelas e me deparei com a estação absolutamente vazia. Provavelmente, minha condução havia acabado de passar.
Desanimada com a ideia de esperar mais um bom tempo até o próximo transporte, olhei para o banco vazio e vi que alguém havia esquecido um papel dobrado sobre ele. Abri e me deparei com um texto abaixo de um título que muito me interessou. De alguma forma, apesar das coisas estarem dando certo, eu precisava ler aquele texto. E por eu gostar, que posto ele aqui e na verdade, nem sei de que autoria é, mas o conteúdo é de grande valia.
Meditação para dissipar velhos padrões de medo
É só um velho hábito que se consolidou. Tente fazer o oposto. Sempre que sentir que está se fechando, abra-se. Se quiser ir embora, não vá. Se não quiser falar, então fale. Se quiser parar de argumentar, não pare. Argumente com mais vigor ainda.
Sempre que surge uma situação que provoca medo, existem duas alternativas: ou você contesta ou você foge. Uma criança pequena normalmente não pode contestar, principalmente nos países tradicionalistas... O único jeito é se fechar, se fechar dentro de si mesma para se proteger. Assim você aprendeu o truque de fugir. Agora, a sua única possibilidade é, assim que sentir que está tentando escapar, ficar firme no lugar, ser teimoso e partir para a briga.
Durante um mês mais ou menos, tente fazer o oposto do que está acostumado e você aprenderá a superar essas duas atitudes. Ambas têm que ser superadas, pois só assim o homem torna-se destemido, e porque os dois jeitos estão errados. Como um dos dois jeitos está profundamente enraizado em você, é preciso contrabalançar com o outro.
Então, por um mês, você será um guerreiro de verdade (por causa de qualquer coisa). E você se sentirá muito bem, muito bem mesmo. Por que sempre que fugia, você se sentia mal, inferior. Essa é a estratégia do covarde: se fechar. Seja corajoso. Então descarte as duas atitudes, pois ser corajoso, lá no fundo, também é ser covarde. Quando tanto a bravura quanto a covardia desaparecerem, então você será destemido. Experimente!"
Bem, se funciona eu não sei. Mas acho que poderíamos tentar, mesmo que não tão ao pé da letra ou tão agressivamente. Acho que já fazendo coisas que nosso medo intimida, já é um passo para que possamos nos habituar com a presença da coragem.
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